Ao mesmo tempo que sei, não sei o que tem acontecido comigo ultimamente.
Sorrio, com vontade… Mas quando desvio o olhar da situação que está me fazendo sorrir, logo surge uma lágrima no olhar.
Muitas vezes estou só, apesar de que quase todas as pessoas que conheço e gosto estão ao meu redor. Basta colocar a música para tocar que me desloco totalmente do mundinho monótono que estava para viajar em um universo paralelo todinho meu. É estranho, mas estou começando a me viciar cada vez mais em contar quantas estrelas tem lá. São inúmeras, incontáveis, mas toda vez que vou lá, não deixo de contá-las. São minhas, são nossas, mas são muito mais minhas pois sei que só eu posso as ver. Queria muito, muito mesmo poder compartilhar um céu inteiro com todos do mundinho, queria compartilhar com os astrólogos para eles estudarem cada estrela que lá existe… Mas não posso. Não dá. Pois a possessividade e o prazer doloroso que elas me trazem, são mais do que parecem ser… são ao mesmo tempo veneno e remédio para minha mente. Sinceramente? Não sei explicar… Não sei nem o motivo desse texto. Realmente tento passar para as pessoas o que penso, o que sinto, mas muita das vezes a incompreensão é tanta, que eu mesma me sinto irracional por tentar fazer as pessoas que são na maioria míopes, e outras cegas mesmo, enxergarem o lindo céu que é… Podem me achar louca, muitas vezes não perceberem que estou falando algo de dentro, mas uma coisa é certa e elas não podem negar: Estou pedindo socorro. Mas ao mesmo tempo, quero salvá-las. Salvá-las pois sei que estão perdendo as forças, forças que talvez nunca usaram. Forças essas de construir um céu, um universo. Força que eu tenho, mas que já ultrapassou tudo, todo o meu entendimento, precisa se expandir para que eu ganhe mais força. Pois estou ficando fraca. Eu sei e não sei que esse céu, é mais do que merecedor de ter contempladores, pois apesar de ter sido criado por apenas uma pessoa, a inspiração está muito mais além de ter sido só dessa pessoa… Essa pessoa cuja eu conheço muito bem e bem mal de vez em quando, que ama muito mesmo a sua inspiração. Inspiração do universo paralelo fechado, que se baseia no universo paralelo aberto ao público, público esse que nem percebe que está na platéia.
- Angélica Reimol -